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Noites de cinema italiano no Sardoal
Ao longo do mês de setembro, a Festa do Cinema Italiano desloca-se ao Sardoal para quatro noites de cinema. Dias 6, 13, 20 e 27, no Centro Cultural Gil Vicente.
Na primeira noite desta edição, pelas 21h30, caminhamos por um futuro pouco distante. Em Seca, uma destemida visão semi-apocalíptica de Paolo Virzì, a chuva deixará de cair na caótica e poeirenta cidade de Roma.
Premiada no Festival de Veneza e parcialmente inspirada pela pandemia da Covid-19, uma obra de aguçada natureza satírica, na qual imperam o humor negro, a crítica social e um elenco estelar que conta com nomes como Silvio Orlando, Elena Lietti, Valerio Mastandrea e Monica Bellucci.
Dia 13 de setembro, na segunda exibição do mês, também às 21h30, veremos As Oito Montanhas, uma bonita visão da dupla de realizadores belga Felix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch, que trabalham a história de Pietro e Bruno, dois homens cuja infância foi partilhada numa aldeia remota dos Alpes italianos.
Um filme visualmente extasiante e interpretado por dois dos mais prolíficos atores do cinema italiano actual, Luca Marinelli e Alessandro Borghi, venceu o prémio do Júri no Festival de Cannes.
Uma obra que investiga e exacerba de forma primorosa o significado da amizade verdadeira.
Dia 20 de setembro, às 21h30, conhecemos um ator que vive da dobragem de filmes porno e aceita uma inesperada proposta profissional, seguindo-se uma história de renascimento pessoal e colectivo. Grazie Ragazzi, de Riccardo Milani, é um remake de "Un triomphe" de Emmanuel Courcol, ele próprio baseado na história verídica do ator sueco Jan Jonson, que encenou “À Espera de Godot” de Beckett com um grupo de prisioneiros, e conhece o espaço prisional como lugar de transformação e oportunidade. Um lugar de existência, muito para além da espera.
Despedimo-nos do Sardoal dia 27 de setembro. Às 21h30, L'immensità - Por Amor dá-nos a conhecer Adri, de treze anos, que questiona a sua identidade de género. Clara, sua mãe, batalha os seus demónios em silêncio. Esta é uma história de amor.
Nomeado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza e ambientado na Roma dos anos 70, um filme que se ancora ao olhar de Adri, adolescente em plena metamorfose, para nos falar de uma família à beira da ruptura. De inspiração autobiográfica e elevado por uma luminosa prestação de Penélope Cruz, um coming-of-age repleto de nuances e rasgos de puro e delirante escapismo.
Quatro semanas, quatro filmes, quatro noites de cinema italiano.
Festa do Cinema Italiano: uma viagem que não se esquece